sábado, 13 de julho de 2024

Butão



Localização: Ásia Meridional, entre a China e a Índia

Nome Oficial: Reino do Butão

Área: Aproximadamente 38.394 km²

Capital: Thimphu

Nacionalidade: Butanesa

Idioma: Dzongkha (oficial)

Cidades Principais: Thimphu, Phuntsholing, Paro, Punakha

População: Cerca de 750.000 habitantes (estimativa de 2023)

Clima: Varia de subtropical no sul a temperado nas áreas montanhosas e polar no norte

Governo: Monarquia constitucional

Divisão administrativa: 20 distritos (dzongkhags)

Religiões: Budismo Vajrayana (religião oficial), Hinduísmo

Taxa de analfabetismo: Cerca de 37% (estimativa de 2021)

Densidade demográfica: Aproximadamente 20 pessoas por km²

Taxa média anual de crescimento populacional: Cerca de 1,3% (estimativa de 2023)

População residente em área urbana: Cerca de 37%

População residente em área rural: Cerca de 63%

Composição Étnica: Diversas etnias, incluindo Ngalops, Sharchops e Lhotshampas

Esperança de vida ao nascer: Cerca de 71 anos

Domicílios com acesso a água potável: Cerca de 97%

Domicílios com acesso a rede sanitária: Cerca de 90%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0.654 (classificação média, dados de 2019)

Moeda: Ngultrum (BTN)

Produto Interno Bruto (PIB): Aproximadamente 2,5 bilhões de USD (estimativa de 2023)

PIB per capita: Cerca de 3.360 USD (estimativa de 2023)

Principais atividades econômicas: Agricultura (arroz, milho, frutas), produção de energia hidrelétrica, turismo, artesanato

Relações exteriores: Relações diplomáticas com diversos países, forte relação com a Índia, membro da ONU e SAARC (Associação Sul-Asiática para Cooperação Regional)



HISTÓRIA DO BUTÃO 



Primeiros Assentamentos e Influências
Séculos VIII e IX: O Butão começou a ser habitado por pequenas comunidades agrícolas, e o budismo foi introduzido pela primeira vez por Padmasambhava (Guru Rinpoche), que desempenhou um papel crucial na propagação do Budismo Vajrayana na região. Antes disso, a religião dominante era o Bön.

Formação de um Reino Unificado
Séculos XIII e XVII: Durante este período, o Butão era composto por pequenos feudos independentes, constantemente em conflito. A unificação começou a tomar forma sob a liderança de Shabdrung Ngawang Namgyal, um monge lama da tradição Drukpa Kagyu, que unificou o Butão no século XVII e estabeleceu um sistema de governança dual, onde a autoridade religiosa e secular era separada. Ele também instituiu uma série de reformas que fortaleceram a identidade cultural e religiosa do Butão.

Era de Governança Dual
Séculos XVII a XIX: Após a morte de Shabdrung, o Butão passou por um período de instabilidade política e conflitos internos, enquanto diferentes facções lutavam pelo poder. Apesar disso, o sistema de governança dual continuou, com um líder espiritual (Je Khenpo) e um líder secular (Druk Desi).

Interação com Potências Estrangeiras
Século XIX: O Butão começou a interagir mais com potências estrangeiras, especialmente o Império Britânico na Índia. Houve conflitos, como a Guerra do Duars (1864-1865), que resultou na perda de territórios butaneses para os britânicos. O Tratado de Sinchula em 1865 estabeleceu uma relação de proteção, com os britânicos fornecendo um subsídio anual em troca de controle sobre os assuntos externos do Butão.

Estabelecimento da Monarquia
1907: O Butão se transformou em uma monarquia hereditária sob Ugyen Wangchuck, que foi eleito o primeiro rei (Druk Gyalpo) do Butão. Isso marcou o início da dinastia Wangchuck, que ainda governa o país.

Modernização e Relações Exteriores
Século XX: Sob a liderança dos reis Wangchuck, o Butão começou a modernizar-se lentamente. Em 1949, o Tratado Indo-Butanês formalizou a independência do Butão, mas permitiu que a Índia continuasse a orientar sua política externa. Em 1971, o Butão tornou-se membro das Nações Unidas.

Transição para a Monarquia Constitucional
2008: O quarto rei, Jigme Singye Wangchuck, abdicou em favor de seu filho, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, e supervisionou a transição do Butão para uma monarquia constitucional. A primeira eleição democrática do Butão foi realizada em 2008, estabelecendo uma nova era de governança democrática.

Desenvolvimento Recente
Século XXI: O Butão é conhecido por sua abordagem única ao desenvolvimento, enfatizando a Felicidade Interna Bruta (FIB) em vez do Produto Interno Bruto (PIB) como uma medida de progresso. Esta abordagem foca na sustentabilidade, na preservação da cultura e no bem-estar da população.

A história do Butão é um testemunho de sua capacidade de preservar sua identidade cultural e religiosa, enquanto navega pelas mudanças e desafios do mundo moderno.


TURISMO NO BUTÃO 

"Turismo de Alto Valor e Baixo Impacto": O Butão adota uma política de turismo que visa minimizar o impacto cultural e ambiental, promovendo um turismo sustentável e de alta qualidade. Esta abordagem é frequentemente resumida no conceito de "turismo de alto valor e baixo impacto".

Paro Taktsang (Tiger's Nest Monastery): Uma das atrações mais icônicas do Butão, este mosteiro espetacularmente situado em um penhasco é um destino obrigatório para muitos turistas.



Thimphu: A capital do Butão, Thimphu, combina a modernidade com a tradição. Os turistas podem visitar o Tashichho Dzong, um monastério-fortaleza que abriga o trono do rei, e o Memorial Chorten, um importante local de peregrinação.



Punakha Dzong: Conhecida por sua arquitetura impressionante e localização pitoresca entre dois rios, esta fortaleza histórica é um exemplo maravilhoso da arte e cultura butanesa.



Festivais (Tshechus):
Os festivais religiosos, conhecidos como Tshechus, são eventos culturais vibrantes que atraem muitos turistas. Estes festivais incluem danças tradicionais, rituais e cerimônias, proporcionando uma visão profunda das tradições butanesas.


Trekking e Caminhadas: O Butão oferece algumas das trilhas de trekking mais espetaculares do mundo, incluindo o famoso Snowman Trek. As trilhas atravessam paisagens deslumbrantes e passam por vilarejos remotos, oferecendo aos trekkers uma experiência autêntica do Butão rural.

Visitas a Mosteiros e Dzongs: Explorar os numerosos mosteiros budistas e fortalezas (dzongs) é uma parte essencial da experiência turística no Butão.

Aventura ao Ar Livre: Além do trekking, o Butão oferece oportunidades para rafting, ciclismo e observação de aves, aproveitando a rica biodiversidade e os ambientes naturais intocados do país.

Regulamentação

Requisitos de Visto: Todos os turistas (exceto cidadãos da Índia, Bangladesh e Maldivas) precisam de um visto para entrar no Butão. Os vistos são organizados através de operadores turísticos licenciados.

Guias Obrigatórios: Todos os turistas devem ser acompanhados por guias turísticos licenciados. Isso garante que os visitantes respeitem as normas culturais e ambientais e também proporciona uma experiência enriquecedora.

Sustentabilidade

Preservação Ambiental e Cultural: O Butão tem um forte compromisso com a conservação ambiental e a preservação cultural. Este compromisso é evidente nas políticas de turismo que visam minimizar o impacto negativo do turismo e maximizar seus benefícios.

Desafios

Acessibilidade: A acessibilidade ao Butão é limitada, com voos diretos disponíveis apenas de alguns países vizinhos. O principal aeroporto é em Paro, que tem uma das pistas de pouso mais desafiadoras do mundo devido à sua localização entre montanhas.


Felicidade Nacional Bruta

Felicidade Nacional Bruta (FNB): Em vez de medir o progresso econômico apenas pelo Produto Interno Bruto (PIB), o Butão utiliza o índice de Felicidade Nacional Bruta (FNB) como um indicador do bem-estar e felicidade da população. Este conceito considera fatores como desenvolvimento sustentável, preservação cultural, conservação ambiental e boa governança.

 Restrição ao Turismo
Turismo Regulamentado: O Butão tem uma política de turismo "de alto valor, baixo impacto" para proteger sua cultura e meio ambiente. Os turistas devem pagar uma taxa diária que cobre acomodação, alimentação, transporte interno e guia turístico.

 Capital sem Semáforos
Semáforos em Thimphu: Thimphu, a capital do Butão, é uma das poucas capitais do mundo sem semáforos. Em vez disso, policiais de trânsito controlam o fluxo de veículos em rotatórias principais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário